A crise do COVID 17 afeta de forma profunda a vida do dia-a-dia em todo o mundo. Em Portugal, tal como na maioria dos países europeus, vivemos confinados nas nossas casas. As empresas, o comércio, os serviços foram severamente afetados. A vida do cidadão passou a estar centrada na casa sua casa. À sua volta, o núcleo familiar restrito. Ficou provado do contato com os amigos, do encontro com os outros.
Ao mesmo tempo, ficou privado do trabalho. É certo que nem todos deixaram de trabalhar. Mas entre os vários setores afetados pela paragem força estão alguns setores dos serviços.
Entre os serviços da saúde e assistência social, em carga plena, talvez mesmo sobrecarregados por óbvios motivos; os serviços de segurança e de emergência, mais vigilantes da chamada paz social e no controlo de estado de emergência; os serviços de educação, a enfrentarem uma atribulada transição tecnológica, entretanto recortada pelo período pascal; à serviços completamente paralisados. Entre estes últimos está a cultura.
Fechados que estão todos os equipamentos culturais, sem exceção, sejam eles públicos ou privados, uma conclusão é inevitável: Os serviços fornecidos pela cultura parecem irrelevantes para a resolução da crise do COVID 19.
Será mesmo essa a realidade?